De que forma a COVID-19 afetou nossa arquitetura

Covid 19 afetou arquitetura
Com uma ruptura drástica e repentina em nossos modos de vida, o surto do COVID-19 nos apresentou uma nova forma de encarar o mundo.

O impacto gerado pela pandemia nas cidades como um todo ainda é incerto. Para uma compreensão ampla do assunto precisaremos de mais estudos. Para, assim, obter um balanço geral da transformação que ocorreu nesse período.

A pandemia trouxe questões a serem refletidas no âmbito da arquitetura e do urbanismo. A rápida disseminação do vírus expõe pontos fracos na questão conforto e segurança, e provoca reflexão sobre os desafios que precisam ser enfrentados no aspecto urbano, e, principalmente, no ambiente construído.

Guerras, doenças, crises econômicas e desastres naturais são os principais fatores por gerar alterações nas dinâmicas sociais, culturais, econômicas e nos tecidos urbanos.

Ao longo da história, doenças infecciosas transformaram as cidades através da arquitetura e do design. Quase todas as características adotadas até os dias de hoje foram soluções encontradas no passado. Medidas tomadas para moldar os espaços físicos e sanar o medo da população.

Um exemplo foi a Peste Negra no século XIV, que promoveu modificações urbanas e arquitetônicas, criando espaços públicos amplos e ações higienistas nos alojamentos da época. Estabelecimentos para quarentena e grandes espaços públicos precisaram ser criados em função da superlotação.

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Por meados dos anos 30, a arquitetura modernista surge com ambientes beneficiados por muita luz. Integrando a arquitetura, a natureza e a paisagem do entorno. Tudo isso para prevenir a tuberculose, a febre tifóide e a gripe espanhola. O uso das cores claras, superfícies mais planas, sem arabescos, para evitar o acúmulo de pó, a simplicidade geométrica, rejeitando elementos decorativos e ornamentais supérfluos, assim como materiais modernos com construções mais limpas, vieram para evitar a poluição e serem mais úteis.

COVID-19 e a arquitetura

Com a chegada do coronavírus em 2020 e a necessidade de uma quarentena a nível mundial, onde a população precisou se isolar fisicamente em ambientes domiciliares, a fim de evitar a propagação do vírus, foi necessário rever mais uma vez nossa arquitetura e de que forma estávamos priorizando as necessidades individuais e coletivas.

Foi necessária uma rápida adequação ao uso da tecnologia de forma quase obrigatória. Foram implementados conteúdos educativos, culturais e de compras de forma intensificada. O crescimento das videochamadas, webinars e dos ‘e-commerce’ apresentou um novo estilo de vida com possibilidade de estudar, trabalhar e consumir sem sair de casa.

Com o uso acelerado da tecnologia, sofremos modificações significativas no setor da decoração de interiores, arquitetura e urbanismo. Moldou-se um novo comportamento do cotidiano da população, exigindo adequações instantâneas para abastecer este estilo de vida. Passamos a nos questionar e a projetar espaços físicos de habitações e escritórios que pudessem resolver nossa nova problemática.

design biofilico

Ainda é cedo para concluir todas as mudanças que afetaram nossa profissão e nosso modo de projetar. Mas, já conseguimos contabilizar algumas tendências que vieram para ficar. Uma delas é o uso do Design Biofílico no desenho das edificações e da cidade.

Nesse contexto, entendendo a atual crise, ninguém quer que esse cenário retorne. Contudo, desenvolver uma arquitetura de qualidade prevenirá, certamente, seus efeitos de propagação de infecções e doenças.

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