Representantes do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) – Núcleo Brusque (SC), os arquitetos Cristiane Bértoli e José Gamba Jr., participaram de uma visita técnica à empresa Veólia nesta segunda-feira (17), conhecendo de perto o processo de gestão de resíduos sólidos.
O encontro, organizado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA), do qual o Instituto tem assento, teve como objetivo fiscalizar as ações relacionadas ao meio ambiente no município de Brusque.
O IAB – Núcleo Brusque é uma das 16 entidades representantes que compõe o CMMA. Cristiane, a arquiteta titular, e José o suplente, integram o Conselho, zelando pelo cumprimento das leis que regem a atuação e as atividades dos conselheiros.
A saber, o foco da visita foi a empresa Veólia, que recentemente adquiriu a Recicle, responsável pela coleta de lixo doméstico em Brusque e em outros municípios da região, incluindo Blumenau. “Os resíduos industriais são direcionados a Blumenau, enquanto o lixo doméstico de 15 municípios é destinado ao aterro sanitário localizado na Rodovia Ilvo Silveira, entre Brusque e Gaspar. Como parte do CMMA, fomos até a Veólia fiscalizar e compreender o trabalho da empresa”, explica Cristiane.
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Sobre a visita a Veólia
Durante a visita, os mais de 20 conselheiros e suplentes, acompanhados pelos engenheiros sanitaristas e biólogos da Veólia, tiveram a oportunidade de entender em detalhes o cuidadoso processo de proteção do solo no aterro.
Primeiramente, drenos de pedras coletam o chorume e o encaminham para uma lagoa pulmão, evitando a contaminação do lençol freático e o mau cheiro. Ao todo, diversas camadas de materiais garantem a segurança ambiental do solo.
O líquido proveniente do chorume passa por um tratamento que inclui uma centrifugação, na qual separa o lodo e o devolve ao aterro sanitário. Já o líquido é direcionado a tanques onde microorganismos naturais limpam aproximadamente 80% da água. Então, a água passa por mais dois processos distintos antes de lançarem no Rio Itajaí Mirim, garantindo que 99,2% dela esteja limpa e não comprometa o consumo.
Além disso, várias chaminés captam os gases inflamáveis gerados pelos resíduos depositados e os encaminham para uma central para queimarem constantemente. “Embora exista a possibilidade de aproveitar esses gases, a empresa ainda está estudando a sua utilização”, explica a arquiteta Cristiane.
Segundo a bióloga da empresa, o aterro sanitário possui licença para operar por mais 9 anos. Contudo, toda a área administrada tem previsão de receber lixo doméstico por até 60 anos. Após esse período, transformarão a área em um parque ambiental, encerrando um ciclo de reuso completo do local.
Por fim, os conselheiros do meio ambiente ficaram à disposição para esclarecer dúvidas sobre a visita à população e demais interessados. Em conclusão, a iniciativa visa incentivar a conscientização sobre a importância da gestão adequada de resíduos e do compromisso ambiental de todos os envolvidos.
